Agência LUSA

outubro 14, 2004

A Mulher

Por Luís Grosso

Numa iniciativa que demonstra uma mobilização sem precedentes da máquina governamental em torno de uma causa, o Governo decidiu no último Conselho de Ministros aprovar, por proposta do próprio Primeiro-Ministro, a construção em Lisboa de uma Praça dedicada à Mulher.

O projecto inter-ministerial será coordenado pelo Ministro de Estado, Nuno Morais Sarmento, que reunirá semanalmente com Pedro Santana Lopes para dar conta do avanço dos trabalhos, a concluir obrigatoriamente até 8 de Março de 2005, Dia da Mulher. O grupo contará ainda com equipas dos Ministérios das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, da Cultura, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Segurança Social, da Família e da Criança, representados nas reuniões semanais pelos próprios Ministros (José Luís Arnaut, António Mexia, Maria João Bustorff, Luís Castro Guedes e Fernando Negrão).

O empenho pessoal do Primeiro-Ministro e dos restantes Ministros mostra a admiração deste Governo pela Mulher e o reconhecimento do seu papel na sociedade portuguesa.

O projecto vencedor foi já escolhido e a Agência teve acesso a imagens da maquete em tamanho real, feita pelo vencedor, um escultor francês cujo nome não conseguimos apurar. O Primeiro-Ministro adiantou-nos apenas que o artista é um grande valor da cultura contemporânea, apesar de ainda desconhecido do grande público e que lhe foi indicado pelo seu grande amigo Rocco Buttiglione.




Fernando Negrão, Ministro da Família, mostrou-se bastante contente com a iniciativa, já que "era um dos poucos Ministros que ainda não estava envolvido em escândalos diários na TV e sinto que esta é a minha grande oportunidade!".

Pondo de lado o meu lado de jornalista objectivo e passando ao meu papel de editorialista isento, esta é sem dúvida uma iniciativa histórica, que demonstra o carácter humano do actual Governo e do grande líder que é Santana Lopes. Claro que todos os grandes estadistas despertam invejas cegas e têm que saber viver com isso. Invejosos radicais de esquerda e feministas queimadoras de soutiens estão já a movimentar-se no sentido de encontrar uma interpretação distorcida deste nobre acto com que intoxicar a opinião pública.

É o país que temos...

P.S. Trate-se, ECT. Interne-se, num hospital psiquiátrico.